Undercover Operations – Lore da Temporada 8, Ato 2

  • 20 / 04 / 2020

Os quatro homens fizeram o seu caminho através da fábrica, Stingray liderando. Icebringer andava atrás, empurrando um carrinho cheio de caixas enquanto os Clunkers o acompanhavam. Stingray andava com propósito, enquanto seus dois ‘guarda-costas’ rosnavam ameaçadoramente para qualquer pessoa que chegasse perto demais. O segurança no local o deteve quando se aproximou. Stingray mostrou o seu cartão de identificação da Maximatics. Ele mesmo o forjou, então tinha confiança de que enganaria qualquer um de seus sensores. 

“Você vai demorar, senhor?” O segurança perguntou, enquanto o cartão era investigado.

“Não, só estou passando antes de voltarmos para as outras instalações.” Stingray respondeu. “Minha equipe de segurança me acompanhará”.

As portas se abriram. Os três percorreram as instalações como se pertencessem lá. 

A voz de Jada surgiu na peça em suas orelhas. “Até agora, ninguém questionou sua presença, ‘Manta’. De acordo com os sinais dos detectores, vocês devem estar chegando no centro de dados na sua direita”.

“Num tem gente suficiente prum lugar desse tamanho”, disse Billy, com a mão pairando sobre seu taser. 

“Te disse que nós devia ter trazido o ímã, Billy. Aposto que são tudo robô. Ajuda a grudá”.

“Ah disgrama, cê tá certo, Rufus. Ô, chefe Manta, cê acha que nóis tem tempo pra dá um pulinho no ferro vel~ahem~, na estação?”

Stingray os ignorou, balançando a cabeça enquanto ele olhava para todos os lados, alimentando um feed ao vivo do que estavam vendo para a Stargazer. Os Clunkers não estavam errados. Havia menos empregados do que eles esperavam. “Cryo, você sabe o que precisa fazer, certo? Empurre esse carrinho por aí e entregue o pacote aos laboratórios de P&D”. 

“Claro, Manta, mas hmm, onde eles estão exatamente?”

“Deixa comigo!” disse a voz de Jada. “Fique de olho na sobreposição em seus óculos, ‘Cryo’. Vou te passar as localizações. Agora que vocês dois estão presentes, eu enviei o sinal. Não passará despercebido pelo Rampage!”

“Nossa, vocês dois têm uns brinquedos impressionantes!” disse Icebringer com um assobio, enquanto empurrava o carrinho para a frente, carregando as caixas cheias de decodificadores, extensores de sinal e drones que os agentes Underdog podiam usar para desviar e infiltrar a segurança da Maximatics. O caminhoneiro continuou assobiando enquanto continuava seu caminho. 

“Já vocês dois, me sigam. Vamos fazer uma parada no centro de dados”. Stingray fez um gesto com as luvas para os dois ‘policiais’ seguirem. 

“Cê conseguiu, chefe”.

Stingray pressionou seu cartão contra o scanner e, após ouvir o bipe bem sucedido, o abriu com um empurrão. Haviam dois pesquisadores trabalhados que olharam para cima com a sua chegada.  

“Ei, quem são vocês? Vocês deveriam estar aqui?”

Stingray mostrou seu cartão. “Yamazaki Hiro. Eu estou responsável por vendas e marketing, e preciso de algo bom para este trimestre. Me mostre algo impressionante, ou terei que encontrar alguém que possa.”

Os Clunkers se encontravam atrás dele, bloqueando a porta. Os pesquisadores se entreolharam. “Eu não sei…”.

“Agora, cê veja bem!” Billy avançou, espiando por cima de seus óculos escuros. “O chefe quer ver o que cê tem, e não tamo aqui pra perder tempo”.

O Stingray não conseguiu segurar, e levou a mão à cara.

“Err, Billy, num é pro cê falar nada, lembra? Agora nossa curtina caiu.”

“Ah, certo. Bom… agora nóis num tem otra escolha!”

“Ei o que você está—” O pesquisador não conseguiu terminar a frase antes do som de um zumbido de eletricidade de um taser encheu a sala. Ambos pesquisadores com caíram com o barulho. Stingray esfregou suas têmporas.

“Não foi uma maneira muito limpa de resolver, mas tá valendo. Agora vocês dois, vigiem a porta”. Stingray disse, enquanto se movia para pegar um assento no console. “Star, status. Cryo, como está indo?”

“Você ainda não foi detectado, Manta”.

“Tudo certo! Já entreguei dois pacotes. Eles estão fazendo upload dos arquivos para a Stargazer. Funcionou bem do jeito que você disse!”

“Maravilha”, disse Stingray enquanto deslizava na cadeira. Os Clunkers estavam de olho nele. Demorou vários minutos, mas eventualmente, Stingray conseguiu fazer sua mágica e rompeu o firewall do computador. Rapidamente, ele estava recebendo todas as informações redigidas nos arquivos de Lord Ian. 

“Eles não são androides nem ferramentas… eles são cópias! Réplicas das máquinas do torneio!”

“Quê? Você tem certeza, Hiro?”

“Sim. Azure Flame… eu deveria ter reconhecido, é a Wildfire! Este aqui, o Mobile Cannon Unmanned Vehicle (Veículo de Canhão Móvel Não-Tripulado), é baseado na máquina do Judge! Eu a reconheço em qualquer lugar! E também têm Little Monster e Black Lotus! E tem alguma coisa aqui… sobre o Project Rebirth?”

“Espera, se eles não são tripulados, então… o que são esses androides?”

“Eles os estão transformando em armas. O propósito deles é infiltrar. Eles os disfarçaram com uma utilidade funcional, mas eles querem que fiquem espalhados por Metal City. Esse buraco vai fundo.”

“Ahm…. Ei, Stingray!” A voz de Icebringer cortou sobre os sons do rádio, mas Stingray continuou, sem escutá-lo. 

“E os bunkers da Era do Gelo, eles ainda estão operacionais. Pessoas ainda vivem lá em baixo. Por que? Eu achava que eles tinham sido demitidos. O que a Maximatics está aprontando?”

“Stingray!”

“Que foi, Cryo? E use meu codinome!”

“Tem algo que você precisa dar uma olhada, ‘Manta’. Estou transmitindo para você dar uma olhada.”

Stingray esperou alguns segundos, para que a imagem do monitor do Icebringer aparecesse. Ali, em um dos laboratórios de pesquisa, jazia um hovercraft que parecia familiar: o da Artificer. O cientista, entretanto, já havia sumido. No rádio, Stingray ouviu Jada ofegar.

“O que é isso?”

“Esses arquivos que o “Cryo” fez upload. Eles são… Eles são rotulados como Lyudmila Kovaleva.”

“E daí?”

“Isso é impossível. Lyudmila Kovaleva era uma cientista da minha época. É impossível que ela ainda esteja por aqui…”

“Bom, você está, certo? Espera aí, estou recebendo uma frequência estranha…”

O sinal vinha de dentro da fábrica. Stingray franziu enquanto começou a trabalhar para limpar o sinal. Ele achou que conseguia ver uma face feita de código em sua tela, atrás do texto. Lentamente, as letras começaram a tomar forma. A P R I S I O N A D A. M A I N F R A M E.

“Ei, Manta! Partes do hovercraft da Artificer estão ligando!”

“É isso!” disse Stargazer. “Eu tenho o sinal. Está oscilando por toda a fábrica. É… É a Artificer, quer dizer, é a… Lyudmila! Ela está dentro das máquinas! O ponto de origem é o seu hovercraft. Se conseguirmos tirá-lo daqui, podemos tirá-la também!”.

“Vai sê difícil fazer isso sem eles nos pegar”, disse Rufus, sua voz lenta ficando mais clara nas comunicações do rádio. 

“Stargazer, o Rampage ainda está na área?”

“Sim, estou detectando sua localização no meu radar, mas por que? Ele não pode romper a segurança”.

“Não, mas eu posso deixá-lo entrar. Ou devo dizer, estas máquinas automatizadas estão prestes a dar pau. Dessa maneira, ninguém saberá de nosso envolvimento”. Stingray já estava dentro do sistema. A inteligência artificial era complicada, mas ele tinha experiência com sistemas como este. Não seria permanente, mas ele só precisava tomar o controle das máquinas brevemente. Enviando os androides para fora, ele começou a desligar os recursos de segurança. Os escudos caíram e os portões se abriram. 

“Ele percebeu! O Rampage está entrando!”, disse Stargazer.

“Precisamo ir andando, chefe! Vamo ter companhia se ficarmos aqui muito tempo!”

“Certo. Cryo, pegue o mainframe! Vamos levá-lo e fazer a nossa saída. Vou distraí-los!” Stingray sorriu enquanto terminava de digitar o código final para poder partir. As máquinas automatizadas estariam lutando umas contra as outras graças ao vírus, sem poder diferenciar um amigo de um inimigo até que sejam resetados. Tempo suficiente para escapar. 

“Partiu!”

Enquanto fugiam, o chão já começava a treinar com a chegada do Rampage. 

———

“Sr. Lorde, este ambiente já não é mais seguro para você. O sujeito retornou. Precisamos te tirar daqui”.

Solomon Lord estava de pé junto à janela, olhando para a fábrica abaixo. O fogo começou a espalhar. As paredes que ele havia construído para ser resistente já começava a desmoronar quando a destruição do Rampage começou. A confusão que havia se espalhado com o mau funcionamento lançara toda a instalação em desordem. 

“Que número é esse? Três? Seis?”

“É a quarta instalação, senhor. Mas precisamos nos apressar.”

“Eu construí esta empresa do zero… e um paciente descontrolado procura destruí-la”. Solomon Lorde encarou diretamente a cabine do trator. Rampage olhava para cima. Ele podia ver os olhos ensandecidos do motorista. “Vou precisar de outro sujeito de pesquisa. Um que tenha raiva, o poder, que este paciente tinha. Você pegou todas as informações do Project Rebirth?”

“Sim, senhor. Seu veículo o aguarda”.

“Excelente. Já passou da hora de retomarmos os trabalhos. E desta vez, temos uma amostra para usarmos que é mais do que suficiente”.